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Fornecimento de energia e água pode melhorar

 No domínio da energia, o Executivo acredita que a construção da barragem de Laúca, a reabilitação e ampliação da central hidroeléctrica  de Cambambe (ambas na província do Cuanza Norte) e o Ciclo Combinado que está a ser erguido no Soyo (Zaire) vão aumentar significativamente a taxa de acesso à electricidade, que hoje corresponde a cerca de 35 por cento da população, de acordo com dados fornecidos pela Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE).
Apesar da crise económica que o país atravessa, em função da queda do preço do petróleo no mercado internacional, o Executivo mantém o compromisso de trabalhar para o aumento da capacidade energética e a regularidade do consumo, diminuindo deste modo, os cortes no fornecimento, que têm causado grandes constrangimentos à população. O objectivo é duplicar a taxa de acesso até 2025, conforme está previsto no Plano Nacional de Desenvolvimento. A barragem de Laúca,  a maior obra de engenharia em curso no país, começa a produzir energia em 2017. Prevê-se que, até lá, entrem em funcionamento as duas primeiras turbinas, de um total de seis, com a capacidade de produzir 340 megawatts (MW) cada. Quando estiver concluída vai fornecer energia para cerca de cinco milhões de habitantes.
É a terceira barragem em construção ao longo do rio Kwanza, depois de Cambambe e de Capanda. As obras começaram em 2012 e estão a ser financiadas no quadro de uma linha de crédito do Brasil. Relativamente à barragem de Cambambe, as obras de ampliação, iniciadas em 2013, contemplam o alteamento da queda, passando de 100 para 130 metros de altura e a construção de uma nova central com quatro grupos geradores de 175 MW cada, perfazendo uma capacidade total de 700 MW, que são adicionados aos 260 MW da central número um, o que vai permitir a geração de 960 MW de energia, no seu conjunto, após a sua conclusão. A central está a ser edificada num sistema duplo, sendo uma parte a céu aberto e outra subterrânea. A central eléctrica do ciclo combinado do Soyo, um dos mais importantes projectos energéticos da região norte, além de fornecer energia às províncias do Zaire e Uíge,  vai também garantir electricidade a Luanda. Responsáveis do sector garantem que o empreendimento vai produzir cerca de 750 megawatts utilizando gás natural.
A entrada em funcionamento, em meados deste ano, da central hidroeléctrica de Lomaum,  no município do Cubal, em Benguela, veio aumentar a oferta energética na região, embora exista ainda um grande défice, tendo em conta o crescimento habitacional e populacional.
Com capacidade de produzir 50 megawatts, a barragem de Lomaum é o maior empreendimento hidroeléctrico da província de Benguela e a sua reabilitação enquadra-se no programa do Executivo de oferta de energia e melhoria das condições de vida das populações.
Construída em 1959, a barragem paralisou em 1984 em consequência da guerra. A sua reabilitação permitiu o aumento da capacidade de produção de energia para mais 15 megawatts.
A construção e reabilitação destes empreendimentos, além de garantir maior oferta às populações, contribui também para maior investimento no sector agrícola e criação de empregos.
 
Novas estações de tratamento
 
No domínio das águas, um dos maiores investimentos está a ser feito na província de Luanda, onde estão a ser erguidas duas estações de tratamento, a do Bita e a do Quilonga Grande, que também devem entrar em funcionamento em 2017.
A estação do Bita prevê fornecer água à parte Sul de Luanda, através dos centros de distribuição do Camama, Benfica I e II, Cabolombo e Rocha Pinto, e a do Quilonga deve abastecer a parte Leste, através dos centros do Quilómetro 44, Zango I e II, Cidade do Sequele, Viana, projecto Morar, novo Aeroporto Internacional e Bom Jesus. Os dois sistemas, segundo o ministro da Energia e Águas, vão permitir duplicar a capacidade e garantir mais água à população, além de contribuir para reduzir o garimpo na capital. Além disso, estão em curso várias obras de reabilitação na Estação de Tratamento de Kifangondo e em alguns centros de distribuição, em Luanda, para aumentar a capacidade de oferta. O programa “Água para todos” beneficia já mais de 3,4 milhões de habitantes em todo o país. O programa abrange, essencialmente, zonas rurais, mediante a captação de água a partir de poços e construção de pequenos subsistemas de captação, tratamento e distribuição.
O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, anunciou há dias que a Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL) vai instalar, no próximo ano, 850 mil contadores pré-pagos. Para o efeito, está prevista ainda a  construção de uma fábrica na capital do país.
O novo sistema de controlo do consumo do produto, à semelhança do que acontece no sector eléctrico, vai beneficiar não só a empresa, que passa a ter maior arrecadação de receitas, como os clientes que vão ter maior controlo do consumo, evitando assim certos constrangimentos.

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  • 31/12/2015
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